Agentes de trânsito, servidores e outros colaboradores da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) e de entidades ligadas ao trânsito participaram na manhã de hoje (19) do Encontro Técnico da Semana Nacional do Trânsito. Na ocasião, especialistas estiveram na capital baiana para trocarem experiências e falarem sobre os principais desafios no trânsito de Salvador e do Brasil.
O evento contou ainda com participação da Coordenadora do Comitê Vida no Trânsito de Salvador, Mírian Bastos, que apresentou o Panorama da educação para o trânsito na capital soteropolitana. O Chefe de gabinete, Fernando Coelho, abordou sobre a série histórica dos acidentes em Salvador e proposta da Transalvador ao Observatório.
A Transalvador trouxe para a capital baiana o presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), José Ramalho, e Francisco Garonce, diretor de relações institucionais do ONSV, para falarem sobre a realidade, os principais problemas e os avanços no trânsito brasileiro. Ramalho falou sobre situações de riscos criadas por aqueles que compõem o trânsito, como o uso do celular, o não conhecimento adequado das regras de trânsito e o não uso de cinto de segurança e do capacete.
"Se nós não percebermos os riscos, nós não mudamos comportamentos. A gente precisa mostrar para a pedestres e condutores o que acontece com eles caso eles não adotem as medidas de segurança adequadas", afirma o presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária.
Fabrizzio Müller, superintendente da Transalvador, destacou os resultados de Salvador na redução de acidentes no trânsito. "Nos últimos anos, temos percebido a diminuição de acidentes em Salvador. Estamos preservando mais vidas. Encontros como este são importantes para que possamos trocar a experiências e discutirmos de que forma podemos tornar esses resultados satisfatórios duradouros. Não podemos regredir", alerta Müller.
Nos últimos seis anos, a Transalvador registrou uma queda de 53,8% na quantidade de vítimas fatais em acidentes de trânsito em Salvador. Em 2012, foram 247 mortes. Esse número reduziu para 114 no ano passado. Este ano, segundo dados compilados até julho, o órgão de trânsito registrou 78 vítimas fatais na cidade.
Um importante fator para que acidentes no trânsito não ocorram é a mudança de comportamentos dos condutores e pedestres. Para isso, é preciso que haja educação, como defende Francisco Garonce, do ONSV. "A sociedade estabeleceu uma lente de invisibilidade em relação às mortes no trânsito. A gente só consegue mudar essa realidade por meio da educação. Precisamos desenvolver a cidadania, nos colocar no lugar do outro, ter empatia para que possamos viver em sociedade", alerta Garonce.
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